Viagens corporativas ainda podem apresentar desafios aos viajantes LGBT

No Egito, por exemplo, a polícia utilizou aplicativos de relacionamento gays para enganar os usuários. Agentes de segurança também podem exigir mexer em celulares ou outros dispositivos digitais. “Não forneça suas senhas e tenha cuidado com o que está aparecendo na tela dos seus aparelhos”, aconselha Wilkes.

A aceitação pode variar drasticamente em diferentes regiões de um mesmo país. Embora uma determinada empresa possa ter desenvolvido uma cultura corporativa que incentive a diversidade, suas filiais em outras partes do mundo podem não compartilhar dos mesmos pontos de vista.

O diretor da Be Travelwise, Saul Shanagher, aponta que todos têm fatores de risco pessoais baseados em características, como raça, gênero, sexualidade e experiência de viagem. Por isso, as empresas precisam disponibilizar informações sobre os possíveis riscos a todos, já que não podem perguntar quem são os colaboradores LGBTQ ou presumir que todos sejam abertos no trabalho quanto a sua orientação sexual.

É importante haver um advogado ou grupo de apoio que os funcionários possam entrar em contato caso não se sintam confortáveis em viajar para algum lugar e não souberem como dizer isso diretamente para o chefe. E eles não devem ser penalizados ao recusarem uma viagem por acharem que haverá grandes riscos.

“A realidade é que a maioria dos viajantes corporativos LGBT mantém sua orientação sexual em segredo. Normalmente o colaborador viaja sozinho e se hospeda em hotéis de redes globais, por isso, os riscos são bem pequenos. Às vezes é apenas uma questão de mitigar o medo”, finaliza o fundador da revista Man About World, Billy Kolber.

 

Fonte: Panrotas