Preço de passagem de avião muda a cada minuto; veja 10 dicas para economizar

Comprar passagem de avião com antecedência é uma maneira conhecida de economizar nas viagens. Os preços dos bilhetes, no entanto, não mudam só de um mês para outro. As alterações ocorrem minuto a minuto, e conhecer os critérios adotados para determinar esses preços também pode ajudar o consumidor a gastar menos.

Dia da semana, horário do voo, número de escalas e risco de atraso são alguns dos fatores que interferem nos preços das passagens de avião. As companhias aéreas possuem hoje softwares superdesenvolvidos que combinam estes critérios e definem os preços das passagens. Alguns hotéis também usam sistemas parecidos.

Os sistemas funcionam como uma Bolsa de Valores, em que os preços sobem e descem de acordo com a oferta e a demanda. “É como se a empresa tivesse um portfólio de assentos à venda, semelhante a uma carteira de ações”, compara o coordenador do Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar) do ITA, Alessandro de Oliveira.

10 dicas para economizar na passagem de avião:

01) COMPRE COM ANTECEDÊNCIA

Não deixe para comprar a passagem de última hora, mas também não compre muito antes. “Nenhum empresa lança promoções com um ano de antecedência”, diz o criador do blog Melhores Destinos, Leonardo Marques. Para uma viagem dentro do Brasil na baixa temporada, por exemplo, ele sugere uma antecedência de 25 a 40 dias

02) EVITE HORÁRIOS DE PICO

Os preços das passagens podem ser até 19% maiores nos horários de pico, segundo estudo feito pelo Nectar/ITA. Voos que saem de Congonhas entre 13h e 14h e entre 17h e 18h são mais caros; no caso dos voos que partem de Cumbica, em Guarulhos, os piores horários são entre 14h e 16h e entre 18h e 21h

03) ESCOLHA OS MELHORES HORÁRIOS

Assim como existem horários de pico, em que os preços das passagens estão mais altos, existem horários de baixa, em que eles podem ficar até 26% mais em conta, como mostra estudo do Nectar/ITA. Vale a pena comprar passagens nesses horários. A baixa costuma acontecer, segundo a pesquisa, entre 8h e 12h

04) EVITE REMARCAR PASSAGENS

As empresas cobram taxas dos consumidores que querem remarcar suas passagens. Na Gol, por exemplo, a taxa pode variar de R$ 80 a R$ 100, dependendo da categoria de passagem comprada. Esse é um custo, portanto, que pode ser até maior do que o preço da própria passagem e por isso deve ser evitado

05) VOOS SEM ESCALAS SÃO MAIS BARATOS

Quando faz um voo com muitas escalas, as companhias aéreas gastam mais (com combustível e taxas aeroportuárias). Por isso, segundo estudo feito pelo Nectar/ITA, o preço da passagem chega a ser 75% maior em um voo com escalas do que em um voo direto. Quanto maior o número de paradas, mais caro será o bilhete

06) VIAJE NO MEIO DOS FERIADOS

Se possível, o ideal é evitar viajar nas vésperas dos feriados. Segundo estudo do Nectar/ITA, nestes dias os bilhetes custam em média 12% mais do que uma passagem normal. A melhor opção é voar no dia seguinte ao feriado, quando o preço é 3,5% menor, em média, do que o normal

07) VOOS QUE ATRASAM CUSTAM MAIS

As empresas sabem que alguns voos geralmente atrasam, como os que saem de São Paulo nas tardes de verão em meio a pancadas de chuva. Como atraso significa custo (a partir de uma hora, a companhia já precisa oferecer internet aos passageiros), voos com históricos de atrasos são, em média, 12% mais caros, segundo o ITA

08) VOE DE MADRUGADA

Os chamados “corujões”, voos que partem durante a madrugada, costumam ser mais baratos. Mas, segundo o criador do blog “Melhores Destinos”, Leonardo Marques, não compensa virar a noite na internet procurando preços menores. “Comprar passagem de madrugada não é mais barato. Isso é lenda”, diz

09) CONSIDERE A DISTÂNCIA DO AEROPORTO

Muitas companhias aéreas oferecem bons preços para passagens de voos que saem de aeroportos de cidades do interior. Mas de nada adianta comprar uma passagem barata se o aeroporto for muito distante do seu destino e você tiver de pagar caro por um táxi, por exemplo. Considere na conta o valor que terá de gastar com o transporte

10) CONSIDERE O HORÁRIO DO HOTEL

O horário de entrada e saída do hotel em que você vai se hospedar também deve ser levado em consideração, diz o criador do blog Melhores Destinos, Leonardo Marques. Normalmente, o cliente só pode entrar no hotel às 12h. O ideal é escolher um voo que permita que você chegue ao hotel perto deste horário

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Se a empresa percebe que existe muita procura por determinado voo, a tendência é a de que ela aumente o preço da passagem. Se a procura é pequena, a companhia tende a baixar os preços para não correr o risco de voar sem uma ocupação mínima.

De maneira geral, para cobrir seus custos, as empresas precisam garantir uma ocupação de pelo menos 60% do voo, diz o fundador do site Melhores Destinos, Leonardo Marques. Formado em Ciência da Computação e pós-graduado em Engenharia de Software, Marques criou o site há quatro anos para mostrar justamente como o consumidor pode encontrar preços mais baixos.

Companhia assume risco de perda

Oliveira, do ITA, diz que, assim como uma empresa que coloca suas ações à venda na Bolsa, a companhia aérea assume riscos diariamente. Isso porque os potenciais compradores são basicamente dois: o passageiro que viaja a lazer e busca preços mais em conta e o passageiro que viaja a negócios e, por isso, não tem tempo de procurar promoções.

“Quando uma empresa decide vender uma determinada passagem por um preço mais baixo, ela pode ganhar, por exemplo, se atrair um número grande de compradores a lazer. Mas também pode perder se vender um número muito grande de passagens para quem viaja a negócios e geralmente pagaria mais caro”, diz Oliveira.

Por isso, afirma o especialista, a definição dos preços depende também de uma análise humana. “O que existe é uma combinação de software com pessoas. É preciso sempre uma boa análise feita por pessoas com sangue frio o suficiente para acompanhar essas oscilações.”

Cabe a esses profissionais, por exemplo, trabalhar conjuntamente com o departamento de marketing das companhias para descobrir o melhor momento de lançar promoções para atrair mais clientes.

Voos que atrasam custam mais

O histórico daquele voo também é levado em consideração. Alguns voos, por exemplo, têm grande risco de atraso, como os que partem de São Paulo nas tardes de verão, em que tipicamente caem pancadas de chuva.

Como o atraso representa um gasto para a companhia aérea (com combustível e com assistência aos passageiros, por exemplo), ela costuma subir o preço das passagens. Segundo estudo do Nectar/ITA, passagens para voos com histórico de atraso costumam custar 12% mais.

A pesquisa do ITA mostra, também, que voos com um grande número de escalas, além de serem desconfortáveis para o passageiro, podem ser até 75% mais caros do que os voos diretos. Isso acontece porque as empresas aéreas têm gastos maiores com combustível por causa do maior número de decolagens, além de pagarem taxas em cada aeroporto em que pousam.

Os especialistas citam outros fatores que influenciam nos preços e podem ser facilmente percebidos pelo consumidor. Voar em horários de pico e em vésperas de feriado, por exemplo, custa mais.

Da mesma forma, remarcar passagens é um mau negócio. As empresas costumam cobrar taxas pela remarcação, o que pode fazer o preço da passagem mais do que dobrar.

Mas Leonardo Marques, do site Melhores Destinos, diz que, ao contrário do que se costuma pensar, fazer a compra com máximo de antecedência nem sempre é vantajoso. “As empresas não fazem promoções com um ano de antecedência”, diz.

Para quem vai viajar dentro do Brasil na baixa temporada, basta comprar com uma antecedência de 25 a 40 dias. Para a alta temporada, a antecedência recomendada por ele é entre 60 e 90 dias.

Fonte: Uol Economia

 

 

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