Conhecendo São Paulo

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”.

Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.

Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras.

Em 1815, a cidade se transformou em capital da Província de São Paulo. Mas somente doze anos depois ganharia sua primeira faculdade, de Direito, no Largo São Francisco. A partir de então, São Paulo se tornou um núcleo intelectual e político do país. Mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes.

No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, que estourou no dia 9 de julho (hoje feriado estadual). Os combates duraram três semanas e São Paulo saiu derrotado. O Estado ficou isolado no cenário político, mas não evitou o florescimento de instituições educacionais. Em 1935 foi criada a Universidade de São Paulo, que mais tarde receberia professores como o antropólogo francês Lévi-Strauss.

Na década de 1940, São Paulo também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário. A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país.

Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.

Geografia

É difícil falar sobre São Paulo sem citar suas dimensões. É a quarta maior cidade do mundo, a maior do Hemisfério Sul. Em seus 1.530 km² de área, espalham-se cerca de 11 milhões de habitantes, segundo o último Censo realizado no Brasil em 2000.

Mas São Paulo não está sozinha neste mar de gente. A Região Metropolitana da capital paulista é uma área que inclui, além de São Paulo, outros 38 municípios que a circundam. Como em toda metrópole de grandes dimensões, a densidade demográfica é grande e quase não se vê a divisão entre os municípios. Ao todo, são 20 milhões de pessoas, muitas vindas de vários pontos do Brasil e do mundo.

Prinipais Pontos Turísticos em São Paulo

Estação da Luz

A estação ferroviária da Luz foi aberta ao público em 1901. Suas instalações ocuparam 7.500 metros quadrados do Jardim da Luz e foi construída pela São Paulo Railway Company com estruturas, trazidas da Inglaterra, que copiam o Big Ben e a Abadia de Westminster. A Estação da Luz é a principal prova da importância e do desenvolvimento que a cultura do café – que exigia o aumento da malha ferroviária para o escoamento do produto da região de Jundiaí para o porto de Santos – trouxe não só para a cidade como para o Estado.

A importância da São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído pelos transportes aéreo e rodoviário. Depois, a estação passou a receber trens suburbanos.

Fica na periferia do Centro, no final da Av. Cásper Líbero.

Mosteiro da Luz

O Mosteiro da Luz pertence à Ordem das Irmãs Concepcionistas, que vivem em regime de clausura. Nele está instalado o Museu de Arte Sacra, cujo acervo é, na maioria, constituído de itens de mobiliário, artigos de ouro e prata, pinturas e esculturas do período colonial. Em sua igreja estão depositados os restos mortais de Frei Galvão, fundador do mosteiro.

Palácio dos Bandeirantes

A sede do Governo Paulista, o Palácio dos Bandeirantes, foi construída para abrigar a Universidade “Fundação Conde Francisco Matarazzo”. A construção do prédio começou em 1955, mas problemas financeiros impossibilitaram a continuação da obra. Diversas tentativas, sem sucesso, foram feitas para que fundações como “Getúlio Vargas” e “São Paulo” assumissem a sua direção. Em vista disso, foram iniciadas negociações com o Governo do Estado de São Paulo. Em 19 de abril de 1964, a sede do governo estadual passou do Palácio dos Campos Elíseos para o novo prédio no bairro do Morumbi. A denominação “Bandeirantes” é uma homenagem aos pioneiros que expandiram as fronteiras brasileiras. O Palácio dos Bandeirantes possui um rico acervo artístico, com obras de artistas como Portinari, Antonio Henriqye, Djanira Motta e Silva, Aldemir Martins, entre outros. Diversas dessas obras podem ser vistas durante as exposições temporárias. Durante as visitas é possível ver ainda o Salão dos Pratos e a Galeria dos Governadores.

Mercado Municipal

Abre às 2h30 para feirantes e às 5 horas para o público em geral. Funciona de segunda a sábado até as 16 horas. Fechado aos domingos. Tem estacionamento.

O Mercado Municipal Paulistano (antigo Mercado Central) foi inaugurado em 1933. Possui mais de 10 m de pé direito, colunas, abóbodas e vitrais importados da Alemanha com temas agrícolas e agropecuários. É um importante centro de abastecimento e lazer, com grande variedade de produtos, desde hortifrutigranjeiros até algumas especiarias, que só podem mesmo ser encontradas lá, como infinitas variedades de temperos e especiarias a granel. É o único lugar onde é possível encontrar frutas fora de época.

Fica na Rua Cantareira, 306, na periferia do Centro, entre a rua 25 de Março e o Parque D. Pedro II.

Praça da Sé

No meio da praça está situado o Marco Zero, que indica as direções dos Estados que fazem limite com São Paulo e a partir do qual se conta a distância de qualquer ponto da cidade. Junto à praça está situada a Catedral Metropolitana da Sé. Em estilo gótico modificado, sua construção iniciou-se em 1913 e só terminou quatro décadas depois.

É a maior igreja de São Paulo, com 110 metros de comprimento, 46 metros de largura, torres com 92 metros de altura cada, cúpula com altura de 30 metros e capacidade para oito mil pessoas. Em sua cripta, que pode ser considerada uma verdadeira igreja subterrânea, encontram-se trabalhos artísticos do escultor Francisco Leopoldo.

Largo São Bento

No Largo de São Bento estava instalada a taba do cacique Tibiriçá, sogro de João Ramalho, e demarcava o limite do povoado que começava a se formar. A taba deu lugar a um largo, onde em 1598 foi construída uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Montserrat, mas já em 1660 começava a instalação do Mosteiro de São Bento, numa área pertencente aos beneditinos.

A igreja ganhou o nome de Nossa Senhora da Assunção e este é o seu nome até hoje, embora seja mais conhecida como a Igreja de São Bento. Em 1650 o bandeirante Fernão Dias doou grande soma para reforma e ampliação do mosteiro e seus restos mortais foram depositados ali. Em 1864, o largo foi reurbanizado e seu movimento era intenso, causado principalmente pela localização dos dois maiores hotéis da cidade.

O velho mosteiro e a igreja desapareceram em 1910, dando lugar a uma construção maior que foi iniciada em 1911 e concluída em 1922. A última transformação veio com o metrô, durante a década de 1970, quando o largo ganhou um calçadão, bancos e jardins, e, no seu subsolo, a Estação São Bento. Todos os domingos, às 10 horas, acontece no mosteiro uma missa acompanhada por um coral que entoa belos cantos gregorianos.

Edifício Copan

É por si só uma importante atração turística e um dos mais famosos cartões postais da cidade. Foi concebido por Oscar Niemeyer. Trata-se da maior estrutura de concreto armado de São Paulo.

Tem 6 blocos com 1.160 apartamentos e um minishopping no térreo. Sua arquitetura em forma de “S” destaca-se no Centro de São Paulo. Tem entradas pela Av. São Luís e pela Av. Ipiranga.

Edifício Itália

O Edifício Itália foi construído em 1956 e foi durante muito tempo o mais alto da cidade. Seu nome é uma homenagem aos italianos que povoaram e ajudaram a construir a cidade.

No 45º andar está situado o famoso restaurante Terraço Itália, de onde se pode apreciar uma das mais bonitas vistas da cidade.

Solar da Marquesa

Considerado o último exemplar remanescente da arquitetura residencial urbana do século XVIII na cidade de São Paulo, é resultado da aglutinação de dois antigos sobrados construídos com as técnicas de taipa de pilão e pau-a-pique.

Vale do Anhangabaú

Localiza-se entre os dois principais viadutos do Centro: o do Chá e o Santa Ifigênia. No subsolo corre o rio Anhangabaú, de grande importância no começo da cidade e hoje canalizado. Há também um túnel por onde passam os veículos que atravessam o Centro.

O Vale do Anhangabaú tem lindos jardins, diversas obras de arte (esculturas) e três chafarizes que, quando ligados, multiplicam sua beleza. O vale é o divisor dos centros Velho e Novo, e dele pode-se admirar grande parte dos dois centros, os dois viadutos e alguns dos mais imponentes edifícios, como o Martinelli, o prédio do Banespa, a antiga sede dos Correios e a nova sede do Banco de Boston, entre outros.

     Viaduto do Chá

Foi o primeiro viaduto de São Paulo. Tem esse nome porque havia nas proximidades uma extensa plantação de chá da Índia. Com estrutura metálica vinda da Alemanha, o viaduto foi inaugurado com uma grande festa em 1892. Liga a rua Direita (Centro Velho) com a rua do Chá, atual rua Barão de Itapetininga (Centro Novo).

Em 1938, o velho viaduto com assoalho de madeira foi demolido, dando lugar a outro de concreto armado, com o dobro de largura. Durante muitos anos o Viaduto do Chá foi o principal cartão postal da cidade.

Viaduto Santa Ifigênia

O viaduto Santa Ifigênia foi inaugurado em 1913, com estrutura metálica já moldada, trazida da Bélgica. Liga o Largo de São Bento ao bairro Santa Ifigênia.

Em 1978 o viaduto foi recuperado com peças da mesma empresa que havia fornecido as estruturas originais e, em 1982, foi pintado com as cores do arco-íris.

Largo São Francisco

Neste largo está localizada a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a única que por exigência dos estudantes da época não foi transferida para o campus que fica distante aproximadamente 20 km deste ponto. Nesta faculdade se formaram ou estudaram personalidades importantes da nossa história.

Devido à sua arquitetura em forma de arcos, é chamada também de “Arcadas”.

Estação Sé do Metrô

Está situada no subsolo da Praça da Sé. É a maior e principal estação do sistema de transporte metropolitano de São Paulo.

Tem três níveis e é nesta estação que se cruzam as linhas norte-sul e leste-oeste, sendo por isso o principal ponto de baldeação.

Estação Júlio Prestes

É outra estação ferroviária monumental existente no Centro de São Paulo. É inspirada nas estações norte-americanas Grand Central e Pennsylvania. Ela é de 1926 e fica na Praça Julio Prestes. Particularidade interessante: a plataforma foi construída com estrutura metálica do hangar do Zepelim no Rio de Janeiro.

A Estação Júlio Prestes abriga, desde julho de 1999, a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. O grande hall foi transformado numa moderna sala de concertos e as demais dependências, em escola de música. A reforma foi feita pelo Governo do Estado de São Paulo.

Teatro Municipal de São Paulo

O Teatro Municipal de São Paulo nasceu embalando os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que nada queria dever aos grandes centros culturais do mundo no início do Século XX. Como em 1898 a cidade perdera para um incêndio o Teatro São José, palco das suas principais manifestações artísticas, tornava-se imperativo construir um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras.

O arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto ante de uma multidão de 20 mil pessoas, que se acotovelava às suas portas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

Pelo palco do Theatro Municipal passaram nomes como Maria Callas, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Claudio Arau, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nijinsky, Isadora Duncan, Nureyev, Margot Fonteyn, Baryshnikov, Duke Ellington, Ella Fitzgerald.

Tantos nomes, tantos espetáculos e ainda o cenário do movimento que promoveu uma grande transformação cultural no Brasil: a “Semana de Arte Moderna de 22”.

A construção do Teatro Municipal foi considerada arrojada para a época: recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas barrocos do século XVII. Em seu interior, muitas obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores garantem um banquete para os olhos do espectador mais atento.

Duas grandes obras marcaram as mudanças e renovações no Theatro: a primeira, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.

Para celebrar o Centenário, em 12 de Setembro de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo sofreu a terceira obra, esta bem mais complexa que as demais, por restaurar todo o edifício e modernizar o palco.

Para tal, as fachadas e a ala nobre foram restauradas, 14.262 vidros que compõem os conjuntos de vitrais recuperados, as pinturas decorativas resgatadas com base em fotos antigas e o palco foi equipado com os mais modernos mecanismos cênicos.

O Theatro Municipal de São Paulo passou de departamento da Secretaria Municipal de Cultura à Fundação pública de Direito público em 27 de maio de 2011, o que confere maior agilidade e autonomia à gestão.

O corpo artístico do Theatro Municipal de São Paulo é composto pela Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e as Escolas de Dança e de Música de São Paulo.

Principais Museus em São Paulo

Museu da Língua Portuguesa

Inaugurado oficialmente no dia 20 de março, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas ao público no dia 21 de março de 2006. Em seus três primeiro anos de funcionamento mais de 1.600.000 pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.

O Museu contou com uma equipe de criação e pesquisa composta por mais de trinta profissionais qualificados, dentre eles sociólogos, museólogos, especialistas em língua portuguesa e artistas que trabalharam sob a orientação da Fundação Roberto Marinho, instituição conveniada ao Governo do Estado de São Paulo responsável pela concepção e implantação do museu.

Seu projeto foi avaliado em aproximadamente R$37.000.000,00 (trinta e sete milhões de reais) que foram usados para financiar a criação, pesquisa, implantação do museu e restauro do Prédio da Estação da Luz. O projeto arquitetônico é de autoria de Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha.

O Museu da Língua Portuguesa, dedicado à valorização e difusão do nosso idioma (patrimônio imaterial), apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do país e do mundo, usando tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos.

Pinacoteca

A Pinacoteca do Estado é um museu de artes visuais, com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, é o museu de arte mais antigo da cidade. Está instalada no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, que sofreu uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, no final da década de 1990.

O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência, do então Museu do Estado, hoje Museu Paulista da Universidade de São Paulo, de 26 obras de importantes artistas que atuaram na cidade como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antonio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Atravessou seu primeiro século de atividades acumulando realizações e formou um significativo acervo, hoje com cerca de nove mil obras. Passou por uma marcante transformação assumindo-se, gradativamente, como um museu de arte contemporânea, comprometido com a produção de seu tempo, com destacada presença no cenário artístico do País.

A Pinacoteca realiza cerca de 30 exposições e recebe aproximadamente 500 mil visitantes a cada ano. O primeiro andar recebe as exposições temporárias e o segundo é dedicado a mostra de longa duração de nosso acervo. A área central abriga o Projeto Octógono Arte Contemporânea, e no térreo estão as áreas técnicas, o auditório e a cafeteria. Desde 2006 é administrada pela APAC – Associação Pinacoteca Arte e Cultura.

O foco principal de todo trabalho desenvolvido pela Pinacoteca do Estado de São Paulo é aprimorar a qualidade da experiência do público com as artes visuais por meio do estudo, salvaguarda e comunicação de seus acervos, edifícios e memórias; da consolidação e ampliação desses acervos; e do estímulo à produção artística.

Museu do Ipiranga (Museu Paulista da USP)

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido também como Museu do Ipiranga ou simplesmente Museu Paulista, é um museu localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista. É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, “Independência ou Morte”.

Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil.

MASP

MASP é o mais importante museu de arte ocidental do Hemisfério Sul.

Seu acervo é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN desde 1969, e possui atualmente cerca de 8.000 peças, dentre as quais destacam-se as pinturas ocidentais, principalmente italianas e francesas. Do século XIII aos dias de hoje, pode-se apreciar Rafael, Mantegna e Botticceli – da escola italiana – e Delacroix, Renoir, Monet, Cèzanne, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Van Gogh, Matisse e Chagall – da chamada Escola de Paris.

Possui também uma grande coleção de pinturas da escola portuguesa, espanhola e flamenga, além de artistas ingleses e latino-americanos, como Diego Rivera. Dentre a coleção de artistas brasileiros, destacam-se Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Almeida Junior.

Dentre as esculturas, destacam-se os mármores da deusa grega Higéia do século IV a.C. e a coleção de 73 esculturas de Degas, que só podem ser vistas integralmente no MASP, no Metropolitan Museum de Nova York, ou no Museu D`Orsay, em Paris. Também destacam-se os bronzes de Rodin, as peças de Ernesto di Fiori e Victor Brecheret, entre outros.

Coleções de gravuras, fotografias, desenhos, arqueologia, maiólicas, tapeçaria e artes decorativas européias, além de uma grande coleção de peças kitsch, também fazem parte do acervo do museu.

A convite do Museu d`Orsay de Paris, integra o “Clube dos 19”, do qual participam apenas os museus que possuem os acervos de arte européia mais representativos do século XIX, como Museu d´Orsay de Paris, Metropolitan Museum de Nova York, The Art Institute of Chicago, Museum of Fine Arts de Boston, Van Gogh Museum de Amsterdã, a Kunstaus de Zurique, Hermitage de St. Petersburg, a Galleria Nazionale d´Arte Moderna de Roma e National Gallery e Tate Gallery de Londres.

O museu vem ampliando a sua coleção através de doações de pessoas físicas e de parcerias estabelecidas com empresas e instituições.

O edifício cartão-postal da cidade

O edifício sede do museu, com 11.000 metros quadrados divididos em 5 pavimentos e com vão livre de 74 metros, é um ícone da cidade de São Paulo. Em 1982 foi tombado pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado e em 2003 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Além de museu, o MASP é um centro cultural que proporciona diversas atividades ao público, como escola de arte, ateliês, espetáculos de dança, música e teatro, palestras e debates, cursos para professores, entre outras tantas atividades realizadas durante todo o ano.

É o museu mais frequentado de São Paulo, com média de 50.000 visitantes/mês (dados Folha de São Paulo, 05 de abril de 2009).

Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM

O Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos, e é um dos mais importantes museus da América Latina.

Fazem parte de sua coleção mais de 5 mil obras, reunindo mais de mil artistas entre os mais expressivos da arte moderna e contemporânea brasileira.

O MAM mantém uma programação anual de grandes exposições e promove a cada dois anos o Panorama da Arte Brasileira, uma das mais importantes e mais tradicionais exposições periódicas realizadas no Brasil.

O museu tem ainda uma intensa programação de atividades culturais e educativas, com a realização de cursos, oficinas e visitas monitoradas. A missão de difundir a arte e a cultura é apoiada pela Biblioteca do MAM, que disponibiliza mais de 65 mil títulos e documentos para especialistas e para o grande público, e pelo setor de publicações, com a edição de catálogos, obras específicas e da revista trimestral Moderno.

O setor educativo do MAM atende alunos da rede pública e privada, além de criar e difundir projetos educativos e culturais para portadores de necessidades especiais.

Instalações

O MAM está localizado no Parque do Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, entre o Pavilhão da Bienal e a Oca, num conjunto projetado por Oscar Niemeyer, em 1954.

O edifício do MAM foi reformado por Lina Bo Bardi, em 1969, para abrigar a sede do museu. Fazem parte das instalações do MAM duas galerias de exposição, ateliês, biblioteca e um auditório para duzentas pessoas, além de um restaurante e de uma loja do museu, com objetos de design e produtos com a grife do MAM.

A área expositiva, o restaurante e os espaços internos estão integrados visualmente à vegetação do parque do Ibirapuera e ao Jardim de Esculturas, que abriga obras do acervo do MAM numa área de 6 mil metros quadrados com paisagismo de Burle Marx.

Histórico

O MAM foi fundado em 1948, por iniciativa do empresário Francisco Matarazzo, e sua criação foi inspirada no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, sendo concomitante ao surgimento do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). A fundação do MAM coincide com um período importante de institucionalização do meio artístico brasileiro, também pontuado pelo surgimento do Museu de Arte de São Paulo (MASP), da companhia cinematográfica Vera Cruz, do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e pela fundação da Cinemateca Brasileira.

SÃO PAULO em números:

Número de Habitantes

De acordo com o IBGE, a população do município de São Paulo é de 10.886.518 habitantes. Se for considerada a região metropolitana, ou seja, os 38 municípios que circundam a capital, a população chega a aproximadamente 19 milhões de habitantes.

Dados Gerais

Localização: Região Sudeste do Brasil

Distância da Costa:
– Costa dos Alcatrazes – São Sebastião – 186 km
– Guarujá – 93 km
– Ilhabela – 204 km
– Santos – 72 km (8)

Umidade Relativa do Ar: 78% – média anua

Clima: Tropical Temperado

Temperatura média anual: 19°C

Extensão: 1.530 quilômetros quadrados de área.

Altitude: Média em torno de 760 metros.

Latitude: 23°32.0’S

Longitude: 46°37.0’W

População – 10.886.518 habitantes.

Religião Predominante: Católica

Moeda: Real (R$)

Fuso Horário: GMT (-)3 horas

Turismo

11,7 milhões de visitantes em 2010, sendo 10,1 milhões de turistas nacionais e 1,6 milhão de estrangeiros. O crescimento foi de 3,54% em relação a 2009.

56,1% dos turistas vêm a negócios; 22,4% para participar de eventos; 10,9% a lazer; 4,0% para estudos; 2,6% para visitar parentes e amigos e 2,5% para assuntos relacionados a saúde.

Gastos totais nas viagens

Turistas domésticos

– R$ 480,11 (Hotéis de Categoria Luxo), R$ 387,07 (Categoria Midscale) e R$ 120,38 (Categoria Econômico)
– 32,5% com Vestuário; 15,2% com Livros; 7,6% com Perfumaria; 7,3% com CD/DVD; 6,6% com Telefone Celular; 6,2% com Brinquedos; 5,8% com Eletro-eletrônicos; 4,6% com Jóias e Bijuterias e Relógios e Óculos e 1,9% com Eletrodomésticos
– em sua maioria são provenientes do Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre
– ficam 3,3 dias, com gastos que variam entre R$ 1.600 e R$ 3.500

Turistas Internacionais

– R$ 775,23 (Hotéis de Categoria Luxo), R$ 550,37 (Categoria Midscale) e R$ 380,18 (Categoria Econômico)
– 31,7% com Vestuário; 10,6% com Brinquedos; 9,8% com Perfumaria; 8,9% com Livros; 8,1% com Telefone Celular; 7,3% com CD/DVD; 4,9% com Relógio e Óculos; 3,7% com Jóias e Bijuterias e 2,8% com Eletro-eletrônicos e Eletro-domésticos
– em sua maioria são provenientes dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e Itália
– ficam 5,3 dias com gastos que variam entre R$ 2.000 e R$ 5.000

São Paulo é sede

38% das 100 maiores empresas privadas de capital nacional

63% dos grupos internacionais instalados no Brasil

17 dos 20 maiores bancos

8 das 10 maiores corretoras de valores

31 das 50 maiores seguradoras

Aproximadamente 100 das 200 empresas de tecnologias

BOVESPA – a maior bolsa de valores da América do Sul

Bolsa de Mercadoria e Futuros – BM&F, a sexta maior do mundo em volume de negócios

Hospital das Clínicas, o maior e mais renomado complexo hospitalar da América Latina

O maior shopping center da América Latina – o Centro Comercial Aricanduva, com 500 lojas

Dos 7 portais de Internet mais conhecidos, 6 estão baseados em São Paulo

1.769 estabelecimentos de saúde, 40 hospitais públicos, 61 hospitais particulares, 24.957 leitos hospitalares, 99 bases móveis da Polícia Militar, 93 distritos policiais, 04 postos do Poupatempo, 146 faculdades, 26 universidades

22 Centros de Educação Tecnológicas

A maior Parada do Orgulho GLBT do mundo

A Corrida de São Silvestre, que atrai em média 15 mil corredores de todo o mundo de cerca de 20 países.

Hotelaria

São Paulo reúne as principais redes hoteleiras nacionais e internacionais

410 hotéis (42 mil apartamentos disponíveis)

taxa de ocupação média dos hotéis em 2009: 62,2%

diária média em 2009: R$ 197

RevPar em 2009 (receita gerada por quarto de hotel ocupado): R$ 118,82 (1,7% acima do ano anterior)

períodos de maior ocupação hoteleira em 2008 foram respectivamente: Novembro, Outubro, Setembro, Agosto, Junho, Março, Maio, Julho, Abril, Fevereiro, Dezembro e Janeiro

Gastronomia

12,5 mil restaurantes

52 tipos de cozinhas

15 mil bares

3,2 mil padarias (10,4 milhões de pãezinhos por dia e 7,2 mil por minuto)

500 churrascarias

250 restaurantes japoneses

1,5 mil pizzarias (1 milhão de pizzas por dia, 720 por minuto)

2 mil opções de delivery

Cultura e Lazer

160 teatros

110 museus

260 salas em 55 cinemas

280 salas de teatro (600 espetáculos teatrais em média por ano)

40 centros culturais

64 parques e áreas verdes

7 parques temáticos (na Grande São Paulo)

7 grandes casas de espetáculos

294 salas para shows e concertos

mil academias de ginástica

2 iate clubes

12 clubes de golfe

7 estádios de futebol

1 autódromo internacional

locais mais visitados por turistas em São Paulo: 83% museus, 81% parques e áreas naturais, 67% bares ou casas noturnas, 56% teatros e 37% casas de shows

Eventos

São Paulo é a capital sulamericana de feiras de negócios e está entre os top 15 destinos para eventos internacionais no mundo (12º lugar)

realiza 90 mil eventos por ano(1 evento a cada 6 minutos)

75% do mercado brasileiro de feiras de negócios

R$ 2,9 bilhões de receita/ano

R$ 700 milhões em locação de área para exposição

R$ 700 milhões em serviços.

R$ 8,5 bilhões em viagens, hospedagem e transporte terrestre e aéreo

cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos

29 mil empresas expositoras

cerca de 700 mil m² em grandes espaços para realização de eventos, além de centenas de espaços menores

só o Anhembi tem em torno de 400mil m² – é o maior complexo de eventos da América do Sul

circulam pelos eventos 4,3 milhões de pessoas, entre profissionais e compradores, sendo 45 mil compradores estrangeiros

os setores que mais realizam feiras, reuniões e eventos na cidade são, pela ordem médico, científico, tecnológico, industrial e educacional

Ranking de Eventos 2009

Em público total*

– Virada Cultural – 4 milhões (2009)
– Parada GLBT – 3,5 milhões (2009)
– Réveillon na Paulista – 2,4 milhões
– Bienal do Livro – 728 mil
– Salão do Automóvel – 650 mil
– Bienal de Internacional de Arte de São Paulo – 535 mil
– Salão Duas Rodas – 240 mil (2009)
– Mostra Internacional de Cinema – 200 mil (2009)
– GP Brasil de Fórmula 1 – 140 mil
– Carnaval (sambódromo) – 110 mil (2009)
– SP Fashion Week – 100 mil (2009)
– Hospitalar – 86 mil (2009)
– Couromoda – 65 mil (2009)
– Adventure Sports Fair – 61 mil (2009)
– Francal – 55,7 mil (2009)
– Fórmula Indy – 50 mil
– Equipotel – 50 mil (2009)
– Fenatran – 48 mil

*(Números informados pela organização do evento)

Em valores movimentados por turistas*

– Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 – R$ 230 milhões
– Parada GLBT – R$ 189 milhões
– Fórmula Indy – R$ 126 milhões (previsão 2010)
– Salão do Automóvel – R$ 125,5 milhões
– Bienal de São Paulo (de Artes) – R$ 120 milhões
– Francal – R$ 118 milhões
– Hospitalar – R$ 98,9 milhões
– Bienal do Livro – R$ 91,7 milhões
– Virada Cultural – R$ 90 milhões
– Couromoda – R$ 78,6 milhões
– Salão Duas Rodas – R$ 60 milhões
– Réveillon na Paulista – R$ 50 milhões
– Carnaval – R$ 45 milhões
– Mostra Internacional de Cinema – R$ 31,5 milhões
– Fenatran – R$ 30 milhões
– Adventure Sports Fair – R$ 20,4 milhões
– SP Fashion Week – R$ 15 milhões
– Equipotel – R$ 3,4 milhões

*(Cálculos feitos com base em pesquisas feitas anualmente pela SPTuris durante os eventos. Já as estimativas são feitas com números da pesquisa do ano anterior, com eventual variação de expectativa de público divulgada pela organização do evento). Dados das últimas edições dos eventos.

Em números de turistas*

– Parada GLBT – 400 mil
– Virada Cultural – 300 mil
– Bienal do Livro – 240 mil
– Salão do Automóvel – 200 mil
– Bienal de Internacional de Arte de São Paulo – 107 mil
– Réveillon na Paulista – 100 mil
– GP Brasil de Fórmula 1 – 85 mil
– Hospitalar – 46,9 mil
– Couromoda – 42,9 mil
– Francal – 42,5 mil
– Salão Duas Rodas – 40 mil
– Fórmula Indy – 31 mil (previsão 2010)
– Mostra Internacional de Cinema – 30 mil
– Carnaval – 30 mil
– Adventure Sports Fair – 21 mil
– SP Fashion Week – 16 mil
– Fenatran – 15 mil
– Equipotel – 14,1 mil

*(inclui visitantes do Interior e Litoral do Estado de SP, outros Estados e também estrangeiros)

Consumo 

240 mil lojas

79 shoppings

59 ruas especializadas em mais de 51 segmentos

4 mil farmácias

5 mil pet shops

900 feiras livres semanais

864 mil transações de cartão de crédito por dia

1.931 agências bancárias

34 mil indústrias

arrecadação de ISS em 2009: R$ 125,1 milhões

Transporte

37 mil táxis

15 mil ônibus urbanos

1.335 linhas de ônibus

28 terminais de ônibus

5 linhas de metrô

62,3 km de linhas de metrô + 20,0 km em construção

55 estações do metrô

270 kms de linhas de trem

Segunda maior frota de helicópteros do mundo

44 empresas aéreas

4 aeroportos na Grande São Paulo, sendo 1 em Campinas e 1 em Guarulhos

Turismo 

A cidade recebe anualmente 11 milhões de visitantes. Dos que se hospedam na rede hoteleira, 16,4% são estrangeiros e 82,46% são brasileiros.

Dos turistas internacionais que visitam São Paulo, 38% são da Europa, 30% dos EUA e Canadá, 21% do Mercosul, 7% da América Latina e 4% são da Ásia.

Cerca de 50% dos turistas da cidade vem a negócios, 39% a lazer e o restante para tratar da saúde, fazer cursos ou ingressar nas faculdades, visitar parentes, etc.

Permanência média na cidade é de 3 a 5 dias

Gastos por dia: US$ 150,00

5 CITs – Centrais de Informações Turísticas

Negócios

38% das 100 maiores empresas privadas de capital nacional

63% dos grupos internacionais instalados no Brasil

17 dos 20 maiores bancos

Aproximadamente 100 das 200 empresas de tecnologias

BM&FBOVESPA – a maior bolsa de valores da América do Sul

Hospital das Clínicas – o maior e mais renomado complexo

A maior Parada do Orgulho LGBT do mundo com mais de 3,5 milhões de pessoas

Fontes: Abresi, ADETAXI,  Banco Central do Brasil, Editora Abril, Fohb, Governo do Estado de São Paulo, Guia de Motéis, Guia de Restaurantes Japoneses – Editora JBC, IBGE, Infraero, MEC, Metrô,  PMSP,  Revista Latin Trade, São Paulo Turismo, Sebrae, SPTrans, Ubrafe.

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