Blockchain pode ser o futuro da distribuição hoteleira

A distribuição on-line de hotéis é um mercado potencial para a tecnologia de blockchain (estrutura de dados que registra transações, entre outras funcionalidades). Empresas do mercado de viagens estão começando a migrar uma parte da infraestrutura de dados de hotel para essas cadeias, segundo um estudo publicado recentemente pelo Skift.

Segundo o levantamento, a maior adoção como uma plataforma de distribuição dependerá dos custos de mudança direta e indireta dos sistemas já existentes e da vontade de romper com as estruturas e configurações digitais tradicionais.

As companhias precisarão adotar novas habilidades referentes à codificação, gerando novos gastos, mas, no entanto, a indústria hoteleira precisa de alternativas na distribuição. E o blockchain poderia ser uma resposta para reduzir o custo total de se fazer negócios.

A maior oportunidade para essa plataforma poderiam ser para as redes independentes de hotéis ao redor do mundo. Esse segmento costuma ser muito mais dependente em distribuição terceirizada e, por terem poder de barganha menor, também tende a pagar comissões – até 25% em uma reserva feita via OTA.

Os hotéis também capturam uma grande parcela de seus clientes por meio de canais diretos, o que inclui os sites próprios e contratos corporativos. Reservas feitas via GDS, TMCs e agências de viagens correspondem a um total de 40 a 60%. Os hoteleiros também precisarão considerar esses custos ao alocar orçamentos às cadeias de blockchain.

A questão que fica é se essa tecnologia poderia causar uma disrupção ou complementar o atual espaço on-line de distribuição hoteleira. O Tui Group, por exemplo, que possui 300 hotéis em seu portifólio, utiliza um blockchain próprio para lidar com processos internos e gerenciar a distribuição de seu inventário hoteleiro e outros ativos.

Outra proposta é da empresa suíça Winding Tree, que tem o objetivo de criar um blockchain para construir uma plataforma de distribuição decentralizada que cortaria as OTAs em transações entre fornecedores de viagens e viajantes. De acordo com o grupo, o usuário e nem o hotel teriam de pagar comissões.

Os benefícios que essa tecnologia traria para a indústria seriam menores custos de aquisição e maior controle sobre seus processos de distribuição. Basta saber se o setor está preparado para uma implementação. Se não estiver, é melhor ficar, pois pode ser que haja um enorme avanço em breve.

 

Fonte: www.panrotas.com.br