Las Vegas

Para os viciados em caça-níqueis, Las Vegas é a capital do jogo; para os que sonham em trocar alianças num estalar de dedos, é a capital mundial do casamento; para os marqueteiros do governo e das inúmeras casas de shows, é a capital do entretenimento; e para os moralistas de plantão, a cidade do pecado. Seja qual for a preferência, de uma coisa todos concordam: na cidade onde luzes, sonhos, cifras e tudo o mais é over, a quantidade de títulos não poderia ficar atrás. Talvez, o mais apropriado fosse chamá-la de capital da extravagância. Quem se importa? Afinal, é esse exagero que garante a Las Vegas tão farta contribuição ao Livro dos Recordes. Grande parte dessa fama deve-se às exorbitantes quantias arrecadadas nos cassinos. Todos eles têm atrações diversas para não deixar o hóspede explorar outras paragens.

O hotel Paris-Las Vegas, por exemplo, ostenta a maior réplica da Torre Eiffel já erguida no mundo. O Luxor tem o maior farol já apontado para os céus do planeta. E a Stratosphere abriga em seu topo a montanha-russa mais alta do mundo. Bater o recorde de doletas ganhas nas roletas dos cassinos, no entanto, não é nada fácil. Para quem não conseguiu, resta seguir ao The Golden Nugget e apreciar um último recorde: a maior pepita de ouro do mundo. Você ficará mesmerizado com a quantidade de shows disponíveis, como as inúmeras produções do Cirque du Soleil, e o tamanho dos restaurantes, que fazem qualquer rodízio passar vergonha.

Seja para o jogo, um casamento, entretenimento ou pecado (ou qualquer coisa que o valha), Las Vegas é tão kitsch, tão over e tudo é tão mega-qualquer-coisa que é difícil não simpatizar com ela e se divertir a valer.

Como Chegar

Aéreo

Não há voos diretos entre o Brasil e Las Vegas, mas a cidade é facilmente acessível através de voos de companhias como American, Delta e United. Todas elas chegam ao Aeroporto Internacional McCarran (LAS,www.mccarran.com), localizado dentro da área metropolitana. Há diversas formas de sair dos terminais rumo ao seu hotel. Táxis (desde US$ 15) são a forma mais prática e rápida. Os pontos estão na área de recolhimento de bagagens do terminal 1, saídas 1 a 4, e no Nível Zero do Terminal 3. Em ambos os casos haverá pessoal para auxiliar os passageiros. Confortáveis vans farão trajeto semelhante por US$ 6 por pessoa, saindo do Terminal 1 (saídas 7 a 12) e Terminal 3 (área oeste, Nível Zero).

Para quem for alugar carros, o gigantesco McCarran Rent-a-Car Center, localizado a 3 milhas do aeroporto na 7135 Gilespie Street, funciona 24 horas.  Vans partem com boa frequência dos terminais 1 e 3 para conveniência dos passageiros. Outra forma opção (e com a cara de Las Vegas) é fazer o traslado com limusines. Enormes e espalhafatosas, não são muito caras. Sedãs e SUVs podem ser encontradas desde US$ 38. A dica é reservar o serviço junto ao seu hotel e, assim, o motorista já estará lhe esperando na saída de passageiros.

Automóvel – Para a maioria dos turistas que está em Los Angeles, na Califórnia, a forma clássica de chegar a Las Vegas é através da rodovia interestadual I-15 (450 quilômetros, 4 horas). Alugue seu conversível, mas prepare-se para pegar uma estrada bem movimentada. Não se esqueça também que você estará atravessando uma área de deserto, portanto cuidado com o sol no cocoruto e hidrate-se bem. De San Francisco, a viagem segue pela US Veterarans Memorial Highway, via Reno, já no estado de Nevada, uma viagem de mais de 1000 quilômetros.

Todas as maiores locadoras de autos dos Estados Unidos operam em toda a região e cobram uma taxa caso você devolva o carro em outra cidade. Caso esteja em Las Vegas de passagem, vale a pena ficar com o carro, pois várias atrações necessitam deste tipo de locomoção, como Las Vegas Bay, Boulder City e Hoover Dam.

Onibus – uma forma prática de chegar a Las Vegas é através de ônibus. Companhias como Greyhound (www.greyhound.com) conectam a cidade a Phoenix (Arizona, 6 horas), Los Angeles (Califórnia, 5 horas) e Salt Lake City (em Utah, 7h45).

Onde Ficar

A escolha de um bom resort ou hotel é essencial para uma boa experiência em Las Vegas. As diárias são significativamente baratas quando consideramos a boa infraestrutura, serviços e localização dos maiores empreendimentos. A matemática é fácil: eles recuperam o dinheiro em seus restaurantes, shows e, principalmente, cassinos. A maioria das grandes bandeiras estão localizadas na Strip (Bellagio, Caesar, Circus Circus, Flamingo, Four Seasons, Hard Rock, Luxor, Mandalay Bay, Mandarin Oriental, Mirage, MGM, New York-New York, Tropicana, The Palazzo, The Venetian e Wynn), mas há também boas opções, nem todas com cassino, nas imediações (como o Hyatt Place e o JW Marriott).

Quase todos eles possuem não só movimentados cassinos, mas áreas para grandes eventos esportivos (como clássicas lutas de boxe e MMA), feiras, convenções e shows (como o Cirque du Soleil e Blue Men Group), spas, piscinas, restaurantes, bares, cafés, áreas de recreação para adolescentes e crianças e muito mais. Todos disputam acirradamente seus hóspedes com decorações tão exuberantes como bregas. Aliás, bem bregas. Como a grande maioria dos turistas hospeda-se na cidade no fim de semana, entre a noite de sexta e o domingo, os descontos nas diárias ficam muito atraentes nos outros dias. Programe sua estada usando essa premissa e faça uma boa economia.

Em Las Vegas, a respeitada associação turística AAA classifica como Four-Diamond Awards estabelecimentos como The Mirage, Renaissance, JW Marriott, Caesars Palace, Mandalay, Monte Carlo e Trump International, entre outros. Um degrau acima, classificados como Five-Diamonds, a classificação máxima, estão: Aria Resort, Aria Sky Suites, Bellagio, Encore, Four Seasons, Mandarin Oriental, Skylofts do MGM Grand, The Venetian, The Pallazzo e Wynn Las Vegas. Esta é a maior concentração de hotéis com tal premiação em todos os Estados Unidos.

Como Circular

Se seu hotel localiza-se na Strip, o modo mais fácil de se locomover pela cidade é a pé mesmo. Há algumas atrações pelo caminho e Las Vegas tem um colorido especial. Quando necessário, pegue um táxi, prático, barato e com bem-vindos ar-condicionados. Ônibus que sobem e descem a Strip também são bastante convenientes. Já o serviço de monotrilho é mais uma atração turística do que um meio de transporte propriamente dito: é ótimo para ver a cidade, mas requer algumas boas caminhadas a partir das paradas.


Onde Comer

Dentro e fora dos resorts você encontrará uma miríade de opções de restaurantes, cafés e bares. Para onde quer que você olhe você verá um turista fazendo uma boquinha, mastigando e bebendo algo. Mais ou menos como Brad Pitt em Onze Homens e Um Segredo (em quase todas as cenas de seu personagem Rusty Ryan ele aparece comendo). Há todo tipo de especialidades: chinesa, japonesa, carnes, grelhados, pescados, italiana, mediterrânea, espanhola, tex-mex e até brasileira. A lista é longa e os preços, na média, não assustam.

Um dos símbolos gastronômicos de Las Vegas são os bufês de comida. Gigantescos, nababescos e multi-calóricos, isso é que eles são. Por preços que variam de US$ 30 a US$ 50, em média, você terá acesso a cardápios que trazem camarões, lagostas, pernas de caranguejo, carne de Kobe, pasta e muito, muito mais. O problema são as filas, tanto para entrar como para se servir. No The Buffet do Bellagio, por exemplo, um dos melhores da Strip, sua paciência será posta à prova em esperas que podem durar mais de uma hora. Se você come bastante, vale a pena ir nos bufês também no café da manhã, quando os preços caem pela metade. Quem quiser algo mais sofisticado, calmo e com serviço mais personalizado encontrará boas casas, comandadas por chefs estrelados. Sommeliers administrando cartas de vinho impecáveis estão sempre disponíveis.

 

Referências:

http://www.lasvegas.com/brazil/

http://viagem.uol.com.br/guia/estados-unidos/las-vegas/