Campos do Jordão

História

Em 20 de setembro de 1790, Inácio Caetano Vieira de Carvalho instalou, no alto da Serra da Mantiqueira, a Fazenda Bonsucesso. Desde então, passou a ser hostilizado pelo vizinho João Costa Manso por problemas com os limites da fazenda. Essa briga iniciou uma luta aberta entre paulistas e mineiros que só terminou em 1823 quando morreram Vieira de Carvalho e Costa Manso. Os Vieira de Carvalho venderam a Fazenda Bonsucesso ao Brigadeiro Jordão que mudou o nome da fazenda para Natal, mas ficou conhecida como os “Campos do Jordão”.

Matheus da Costa Pinto, considerado o fundador da cidade, tendo adquirido uma parte das terras que pertenciam ao Brigadeiro Jordão, transfere-se de Pindamonhangaba para os “Campos do Jordão” onde, a 29 de Abril de 1874 deu início a diversas construções, fundando, assim, o primeiro povoado, que denominou São Matheus do Imbiri, por estar localizado nas proximidades do Pico do Imbiri e ribeirão Imbiri.

Em 2 de Fevereiro de 1879 teve início a construção da capela Nossa Senhora da Conceição dos Campos do Jordão, onde já havia a capelinha de São Mateus. Em 1891, dr. Domingos José Jaguaribe comprou todas as terras de Mateus Pinto, e instalou-se na vila de São Mateus, que em sua homenagem foi chamada de Vila Jaguaribe.

A vila se desenvolveu e criou-se o distrito, em 29 de Outubro de 1915, com o nome de Campos do Jordão, em terras do município de São Bento do Sapucaí. Nessa mesma época, iniciou-se a construção da Vila Abernéssia onde estavam localizados os sanatórios dos doentes dos pulmões. Em 1920, foi iniciada a construção da Vila Emílio Ribas. O fato de tornar-se um local para tratamento de saúde originou a criação de uma prefeitura sanitária em 1º de outubro de 1926, mantida até 21 de janeiro de 1931. Somente em 19 de Junho de 1934 conseguiu sua autonomia político-administrativa com a criação do município.

O nome do município homenageou o Brigadeiro Jordão, pois, na época, era costume ligar-se o nome do proprietário à propriedade.

O Aniversário de Campos de Jordão é comemorado em 29 de Abril.

Saiba como é a Campos do Jordão nas diferentes estações do ano:

Verão, época ideal para quem procura por sossego.

Época ideal para curtir dias ensolarados e uma noite com baixas temperaturas. Nessa época o trânsito na cidade é livre e as mesas nos bares sem espera. Confira o que fazer em Campos na estação mais quente do ano.

Outono – A estação que deixa a cidade ainda mais charmosa!

A chegada do outono em Campos do Jordão anuncia uma nova paisagem para a cidade. As folhas das árvores ficam avermelhadas e em seguida caem a espera do inverno. Acompanhe imagens desta estação que dá um tom aconchegante a Suiça Brasileira.

Inverno: a estação mais quente de Campos do Jordão.

Carros, grifes e muita gente bonita. Esses são os ingredientes do inverno mais charmoso do Brasil. Neste vídeo você confere quem passa por aqui na época em que Campos do Jordão se torna um dos principais destinos turísticos do país.

Primavera em Campos do Jordão, época de flores e tranquilidade.

Quando chega a primavera, Campos do Jordão fica mais colorida. Os jardins florecem, e os platanus que cortam a cidade ganham vida. A cidade está mais tranquila, fora do agito do inverno. Época para apreciar o que a cidade oferece de melhor.

Principais pontos turísticos de Campos do Jordão:

Vila Capivari

A Vila Capivari é o Centro Turístico e o ponto de encontro de Campos do Jordão. Em meio a prédios construídos com arquitetura européia, o visitante encontra sofisticados restaurantes, cafés e barzinhos que atendem aos mais diversos gostos e paladares.

Fazer compras em Capivari também é uma atração imperdível. As mais diversas grifes estão presentes nas ruas e shoppings da cidade. Recentes tendências da moda podem ser encontradas nas lojas e boutiques, com destaque para malhas e artigos em lã fabricados na cidade. No local também pode-se adquirir produtos exclusivos de Campos como chocolates caseiros, a tradicional cerveja artesanal, artesanatos e souvenirs.

Na temporada de inverno, feriados e alguns finais de semana é possível conferir shows e apresentações culturais na Praça São Benedito. O local também é ideal para caminhar e recarregar as energias enquanto se aprecia o clima.

No Parque da Estrada de Ferro um charmoso lago enfeita a paisagem, que sugere uma tranquila caminhada com a familia e amigos. Bem próximo algumas lojas oferecem produtos tradicionais de Campos do Jordão como malhas, chocolates e artesanato.

Ainda no Parque, o famoso Teleférico liga Vila Capivari ao Morro do Elefante, promovendo um divertido e emocionante passeio através de cadeiras presas em cabos de aço.

Quem quiser conhecer um pouco mais da cidade, poderá fazer um passeio em carros panorâmicos, denominados Trenzinhos da Alegria, onde monitores comentam sobre curiosidades de Campos do Jordão, enquanto passam por belas regiões da cidade.

É no centro de Vila Capivari que se concentra também grande parte da vida noturna. Visite Campos do Jordão e conheça tudo que Montanha Maravilhosa tem para oferecer.

Morro do Elefante e Teleférico

Em viagem à Campos do Jordão um passeio se faz obrigatório. O Morro do elefante é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Seu curioso nome tem origem na formação da montanha, que de longe se assemelha ao contorno de um elefante.

O cume do Morro do Elefante alcança a altitude de 1.800 metros acima do nível do mar, promovendo uma inesquecível visão panorâmica da cidade. O local escolhido como sede do poder executivo possui um belíssimo jardim colorido por lindas flores, que faz parte do mirante em que milhares de pessoas posam para fotos o ano todo.

Nesta maravilhosa vista é possível enxergar toda a Vila Capivari, parte do Alto do Capivari entre outros bairros da cidade, além de diversas montanhas que se perdem no horizonte. O acesso ao ponto turístico pode ser feito de duas formas: pela estrada ou pelo teleférico.

Pela estrada o visitante tem a oportunidade de passar por belas paisagens, formadas por grandes casas e condomínios, cercadas de verde e decorados com lindos jardins. O Morro do Elefante fica a menos de 10 minutos partindo de carro do centro de Vila Capivari.

Bondinho e Estrada de Ferro

De grande importância histórica para a cidade, a Estrada de Ferro de Campos do Jordão nasceu, no início do século passado, da necessidade de se levar pessoas que sofriam de doenças respiratórias à cura, no clima propício das montanhas de Campos.

Hoje a Estrada é uma alternativa turística para conhecer as belezas da Serra da Mantiqueira. Sua característica obedece a uma arquitetura que se mantém inalterada desde 1910, ano de sua construção, formando um conjunto harmonioso, típico das ferrovias do passado.

A partir de Campos do Jordão é possível fazer um passeio pelas principais vilas da cidade: Capivari, Jaguaribe e Abernéssia, num percurso de 4 quilômetros . O passeio se dá através do bondinho urbano (conhecido como camarão), uma simpática e charmosa máquina em estilo inglês, que proporciona a oportunidade de apreciar imagens de um ponto de vista exclusivo, entre as duas principais e mais arborizadas avenidas de Campos.

Outra opção é seguir os trilhos centenários até a cidade de Santo Antônio do Pinhal. Você poderá desbravar a Serra da Mantiqueira em um passeio maravilhoso, que passa por locais em que a natureza ainda está intocada e seu acesso acontece somente através da Estrada de Ferro. Este passeio inclui o Vale do Lageado, onde alcança o ponto mais alto das ferrovias do Brasil.

A estrada de Ferro liga Campos do Jordão à cidade de Pindamonhangaba, na região do Vale do Paraíba, de onde também parte um passeio de ida e volta que passa por Santo Antônio do Pinhal chegando à Campos.

A construção da Estrada de Ferro iniciou no ano de 1910, idealizada pelo médico sanitarista Emílio Marcondes Ribas, apoiado pelo Dr. Victor Godinho. As antigas máquinas à vapor levavam até 12 horas para completar o trajeto de 47 quilômetros de trilhos de Pindamonhangaba à Campos do Jordão. Hoje as máquinas são movidas a energia elétrica, mas a maior parte da tecnologia utilizada no início do século perdura até hoje, conservando o estilo e romantismo antigo.

Complexo Pedra do Baú

Com altitude de 1.950 metros o Complexo do Baú é uma enorme formação rochosa que compõe um dos principais cartões postais de Campos do Jordão.

Localizada na Cidade de São Bento do Sapucaí, o melhor acesso se dá por Campos, onde milhares de turistas seguem para conhecer esta maravilhosa atração turística.

O complexo é formado por três rochas: a Pedra do Baú, a maior e mais alta pedra com 1.950 metros de altitude; O Bauzinho com 1.760 metros; e a Ana Chata com 1.670 metros de altitude. Estas duas últimas localizadas ao redor da principal.

Por Campos do Jordão é possível chegar tranqüilamente de carro ao Bauzinho, sendo possível alcançar a sua parte mais íngreme com facilidade.

Seguindo as placas na estrada da Campista chega-se na rua de terra que leva a Pedra do Baú, onde no final um platô com placas indicativas mostram uma pequena trilha para o Bauzinho. De lá é possível avistar a pedra maior, apontada bem de frente, com seu grande paredão rochoso, que enche os olhos a todo instante.

Para os mais aventureiros, é possível subir ao topo da pedra maior, por uma outra trilha que demora em média uma hora e meia de caminhada na mata. Logo após encontram-se as escadas de ferro e vergalhões cravados nas pedras. A partir deste ponto a adrenalina fica mais forte, pois o trajeto é feito por meio de escalada nos paredões estreitos da rocha, que exige certo preparo físico e muita coragem dos visitantes. Recomenda-se que este passeio a pedra maior do Baú seja conduzida por guias capacitados, que conhecem bem as trilhas e as escadas que levam ao cume.

No ponto mais alto da Pedra os visitantes podem andar em sua base, apreciando uma visão espetacular. É possível ver de um lado boa parte da serra de Campos do Jordão, e de outro as lindas montanhas de Minas Gerais. Na ponta da Pedra do Baú vê-se um enorme precipício de granito, capaz de dar vertigem a qualquer pessoa.

A pedra Ana Chata fica no meio da trilha para a Pedra do Baú e pode ser vista, em alguns ângulos da estrada, entre a Pedra do Baú e a Pedrinha.

A primeira subida ao topo da Pedra do Baú ocorreu em 20 de agosto de 1940, quando os irmãos Cortez conseguiram esta difícil tarefa. Graças a eles os visitantes conseguem subir, por meio de escada de ferro fixado na rocha, empreendida pelo Dr. Luiz Dummont Villares por 10 anos. Empreendeu também uma casa no topo da pedra feita de tijolos, telhado de cobre e bem servida de água, pois havia compartimentos para receber e armazenar águas da chuva; construída por Floriano Rodrigues Pinheiro, para pernoite de alpinistas. A casa que ficava no topo foi destruída por ação de vandalismo, mas ainda é possível ver sua fundação.

Pela cidade de São Bento do Sapucaí existe também um caminho para a Pedra do Baú, que exige ainda mais destreza na escalada. A prática de rapel e alpinismo também são bastante comuns no local, em que os esportistas encontram diversos terrenos para esportes radicais.

 Ducha de Prata

A Ducha de Prata em Campos do Jordão é formada por várias duchas artificiais que vislumbram os visitantes, nesta canalização desembocam águas vindas do represamento do Ribeirão das Perdizes.

Em meio à natureza exuberante da serra, as águas da Ducha deliciam os visitantes que podem utilizar plataformas de madeira para tomar banhos frios e saudáveis.

Local excelente para tirar fotos em meio às pedras e trilhas, ou simplesmente relaxar escutando o som das águas e dos pássaros.

Antigamente, nesse local, banhavam-se os hóspedes da antiga e famosa Pensão Inglesa.

Este tradicional ponto turístico está localizado no bairro de Vila Inglesa, na estrada para a Vila Capivari.

Além das quedas d’água você encontrará ainda barraquinhas com produtos artesanais e souvenirs, para lembrar-se sempre de sua visita à Campos do Jordão.

Palácio Boa Vista

Construída para servir como casa de veraneio do Governador do Estado, é aberta para visitação em determinadas épocas do ano. A construção do Palácio Boa Vista teve início em 1938, mas só foi concluída em 1964. Três anos depois, o então Governador do Estado de São Paulo, Abreu Sodré, resolveu abrir as portas do Palácio para o público, dando maior utilidade à residência oficial de “veraneio” do governo do Estado. No dia 12 de abril de 1970, o Governador Abreu Sodré em cerimônia solene, declarou o Palácio Boa Vista como “Monumento Público do Estado de São Paulo” e abriu suas portas para a visitação, nos moldes dos castelos e palácios europeus.

O coordenador, Dr. Luís Arrobas Martins, para comemorar a nova fase do palácio, resolveu fazer um evento, à semelhança do Festival de Mozart, de Salsburgo, Áustria, idealizando a realização do “Primeiro Concerto de Inverno de Campos do Jordão”, ocorrido no Salão Nobre e no Pátio Interno do Palácio. O evento musical passaria, a partir de então, a ocorrer anualmente dando origem ao atual “Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão”.

Em 1978, o festival ocorreria pela última vez no Palácio, sendo transferido para o Auditório Campos do Jordão (atualmente Auditório Cláudio Santoro) localizado junto ao Museu Felícia Leirner, com esculturas ao ar livre.

O Palácio Boa Vista tem 105 cômodos e foi decorado no estilo inglês Maria Tudor. Possui um rico mobiliário dos séculos XVII e XVIII, antiguidades, obras de artistas contemporâneos, esculturas, peças decorativas, objetos religiosos, cristais e porcelanas de grande valor artístico.

Mosteiro das Monjas Beneditinas

No caminho do Palácio da Boa Vista está localizado o Mosteiro das Monjas Beneditinas. Um local onde a natureza impera em harmonia com a religião.

Em meio a um bosque com grandes árvores, um estreito caminho leva a um lindo lago cheio de peixes, onde um jardim divide espaço com o Mosteiro.

O espaço oferece uma agradável área de reflexão e oração. Caminhos cercados de luminárias levam a grutas com imagens cristãs, onde os visitantes podem desfrutar do espaço para fazer suas preces com paz e tranqüilidade.

Quem procura por artigos religiosos encontra ali mesmo uma pequena loja, onde estão à venda livros, imagens, cartões postais, CDs e artesanatos. Além de bolos e doces feitos pelas próprias irmãs.

o Mosteiro das Monjas Beneditinas vivem 27 irmãs, que lecionam catequese à crianças, e fazem também um trabalho social chamado Clube das Mães, onde mulheres de famílias carentes aprendem artesanato e auxiliam as monjas na fabricação de doces vendidos na loja.

A principal atração do Mosteiro é recital de Canto Gregoriano. Diariamente as irmãs se juntam na Capela de São João Batista para cantar a palavra de Deus de forma artística, em uma belíssima oração que fascina a todos os visitantes.

Um passeio pelo Mosteiro oferece experiências de tranqüilidade e paz interior, com perfeita integração com o meio ambiente. Sem falar na oportunidade de escutar o maravilhoso Canto Gregoriano da Ordem Beneditina.

Auditório Cláudio Santoro

Sede oficial do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o Auditório Cláudio Santoro tem uma rica programação cultural o ano todo, recebendo inúmeros espetáculos de teatro, música e dança.

Inaugurado em 12 de Julho de 1979 em uma área de 5.740 m² cercado de muito verde, o moderno projeto reúne todas as condições para receber artistas e público com muito conforto: o palco, os camarins e a acústica são perfeitos, com todas as condições de uma grande sala de espetáculos de padrão internacional.

O Auditório tem capacidade para 814 pessoas na platéia e 48 nos camarotes. Embora tenha sido concebido como sala de concertos, o Auditório Claudio Santoro abriga, com mesma qualidade, espetáculos de dança, teatro, shows variados e seminários. Nos jardins foi instalado um museu ao ar livre: o Museu Felícia Leirner, com esculturas da artista.

A Arquitetura do local foi desenvolvida por Giancarlo Gasperini junto com seus amigos e sócios Plínio Croce e Roberto Aflalo, que contaram também com Orfeu Zamboni que ajudou no ambicioso projeto, a acústica foi assinada por Igor Srenevzky.

Com uma elevada estrutura formada de concreto aparente, sendo parte revestida de tijolos, o Auditório homenageia o maestro e compositor Cláudio Santoro, falecido em 1.989. Santoro foi o primeiro maestro titular da Orquestra Sinfônica de Brasília e compôs importantes obras da música erudita brasileira.

Em perfeita integração com meio ambiente de Campos do Jordão, sua armada de concreto é disposta a proporcionar aos visitantes um contato íntimo com a vegetação local. Por vezes, sua área externa recebe ilustres presenças de esquilos e tucanos, dentre outros animais silvestres que visitam o espaço.

Os primeiros acordes apresentados no Auditório foram ouvidos em 24 de julho de 1979, com a canção “Jesus Alegria dos Homens”, de Bach tocados por Magdalena Tagliaferro, inicialmente inspirados nos concertos de Weinear, Salzburgo e Edinburgo.

Gruta dos Crioulos

Localizada no centro de exuberante arvoredo tropical, a aproximadamente 9 Km de Vila Jaguaribe (antiga Vila Velha), a Gruta dos Crioulos trata-se de uma monumental pedra de 700 m2 , com um diâmetro de 30 m de altura e 20 m de profundidade, meio arredondada, chata e côncava podendo abrigar inúmeras pessoas em seu interior.

Há estórias e lendas que a Gruta adquiriu essa denominação, porque os escravos fugidos de fazendas das regiões vizinhas nela se refugiavam para escaparem da fúria dos capitães do mato, e eram liderados por Manoel Crioulo através das terras que eram de propriedade do Sr. Cícero Prado.

Entretanto, no tempo da escravidão, a gruta era lugar quase inacessível sendo necessária uma verdadeira odisséia por entre um caminho rústico aberto na mata, conhecido como velho caminho das minas de ouro, que ligava o Sul de Minas aos portos de São Sebastião e Parati.

Segundo os moradores mais antigos, dizem que nas noites de lua cheia, quem andar pelos lados da Gruta dos Crioulos, ouve o arrastar de correntes e gemidos, pois os espíritos dos crioulos fugitivos ainda vagam pela região.

Casa da Xilogravura

Localizada na região em que nasceu a cidade de Campos do Jordão, a Casa da Xilogravura está completando 20 anos de história desta rica cultura na cidade. É o único museu do Brasil especializado em Xilogravuras, com um diversificado acervo de obras de artistas brasileiros e internacionais.

A xilogravura é uma gravura feita por meio de impressão sobre o papel de uma matriz entalhada em madeira. O museu localizado em Campos do Jordão trabalha na divulgação dessa arte que nasceu no Oriente há mais de um milênio e meio.

Os chineses empregavam esta técnica para imprimir orações budistas e os japoneses a utilizaram no ano 770 para estampar talismãs. Com as inovações técnicas do final do século XIX, a xilografia passou a ser praticada pelos artistas como forma de expressão para criar obras autônomas, e passaram a ser observadas como quadros.

Fundada em 1987 pelo professor e escritor Antônio F. Costella, o local expõe seu acervo particular, com mais de duas mil obras de cerca de 300 xilógrafos. Segundo Costella, que também cria em Xilo, a necessidade de expor as obras de arte foi ficando tão forte, que com o tempo ele foi forçado a deixar a casa onde morava para abrigar somente o museu, local onde também funciona a Editora Mantiqueira.

Com 29 livros publicados, Antônio Costella lecionou nas Faculdades de Comunicação e Arte (ECA) e na Faculdade de Direito da USP, entre outras instituições, inclusive na Europa. Em meio a suas publicações existem livros técnicos de Comunicação e Artes, além de contos de ficção como o campeão de vendas “Patas na Europa”.

Logo na entrada do museu, entre pilares imponentes, um grande tronco de ipê dá boas vindas aos visitantes, para lembrar que “sem árvore não há xilogravura e nem vida”. Uma peça que se estima ter nascido por volta de 1660. Através de seus desenhos circulares deixados pelo tempo é possível demarcar acontecimentos históricos.

Algumas placas colocadas sobre o tronco fatiado – que seria usado como mesa não fosse a intervenção do escritor – apontam o ano de 1698, ano em que Antonio Dias, Bandeirante de Taubaté, passou por Campos do Jordão, descobrindo Ouro Preto em Minas Gerais. O enforcamento de Tiradentes, A Independência do Brasil, o Nascimento de Campos do Jordão e o ano em que o homem pisou na Lua também estão registrados na madeira.

Os pioneiros da Xilogravura do Brasil estão expostos no local. Obras de Oswaldo Goeldi, Lasan Segall e Danúbio Gonçalves misturam-se muitas outras de todo o mundo, cada uma com sua história. Conta o fundador do museu, exemplificando um curioso episódio em que conheceu um chinês, com quem teve de se comunicar através de gestos e desenhos, e que resultou em uma exposição de vários artistas orientais em seu museu.

Nos jardim da Casa da Xilogravura existe um pequeno monumento que marca o local onde está enterrado Chiquinho, um cão que participou da trajetória do museu e que inspirou o logotipo da Editora Mantiqueira.

Chiquinho foi um cãozinho que nasceu na vizinhança e foi adotado por Costella. Doente, o animal só se alimentava na presença do seu amado dono e poderia morrer caso fossem separados, mas Costella precisava fazer uma viagem, onde apresentaria um trabalho em Portugal. Depois de muita insistência do professor, o cão conseguiu autorização para ir junto à uma longa viajem à Europa durante o período da ditadura. Inclusive a passagem de avião e a autorização do vôo estão expostas no museu.

Uma séria de livros “narrados” por Chiquinho foram publicados, inclusive Patas na Europa. O que resultou na criação da Editora Mantiqueira. Por disposição do fundador, os imóveis e o acervo do Museu serão legados “post mortem” a Universidade de São Paulo. Uma cláusula afirma que a USP perderá o direito da doação feita por testamento, caso o túmulo de Chiquinho seja retirado do local.

Estas são somente algumas das histórias que demonstram a riqueza que a Casa da Xilogravura reserva. Sem dúvida uma ótima opção cultural aos amantes das artes e aos que procuram novas fontes de inspiração.

Cervejaria Baden Baden

Na cervejaria Baden Baden é fabricada a primeira cerveja gastronômica do Brasil.

Criada para ser uma fábrica-modelo na produção de cervejas artesanais, a marca segue a risca o movimento mundial The Craft Beer Renaissance, valorizando acima de tudo a felicidade e prazer de fabricar cervejas diferenciadas com sabor, corpo e aroma inconfundíveis.

Durante o passeio na fábrica é possível acompanhar os processos de produção artesanal da cerveja Baden Baden, aprender mais sobre a composição das cervejas de um modo geral, além de receber dicas importantíssimas para a compra, armazenamento e consumo de cerveja.

Sao produzidos no local cinco tipos de chope – Stout, Red Ale, Bock, Pilsen Cristal E Weiss – e oito variedades de cerveja – Stout, Red Ale, Bock, Pilsen Cristal, Weiss, Golden, 1999 e 20 Anos.

Ligue e marque sua visita, você ainda terá o prazer de experimentar a renomada cerveja fabricada em Campos do Jordão.

Para que o passeio fique sempre em sua recordação, existe ainda uma loja onde pode-se adquirir vários produtos com a marca Baden Baden, como tulipas, camisetas, blusas, e claro, a própria cerveja.

Borboletário Campos do Jordão

No Brasil há mais de 35 mil espécies de borboletas, mas é em Campos do Jordão que você vive a emoção de passear em meio delas, no Borboletário “Flores que Voam”, localizado no caminho do Horto Florestal, numa fazenda de preservação ambiental de 10 mil m².

O projeto da empresária Sandra Gatta surgiu após uma visita ao Museu de Arte Natural de Porto Rico, aonde conheceu um borboletário e decidiu criar um no Brasil, seguindo três diretrizes: educação ambiental, lazer e conscientização ambiental.

Numa área de 500m², o Borboletário Flores que Voam, foi inaugurado em 2007, reunindo 35 espécies que seguem os ciclos anuais ano primavera-verão e outono-inverno, com um ambiente propício para o seu desenvolvimento, reunindo plantas nativas e exóticas que propiciam a alimentação e a ovoposição, sem a intervenção de seus predadores principais: aranhas, formigas, ratos e lagartixas.

Durante o passeio é possível contemplar o voar, o acasalar e até observar algumas borboletas pondo seus ovos, que ao virarem larva e pupa são mantidas na “casa de criação” para o bom desenvolvimento e fortalecendo a intenção do projeto que é de manter 20% das espécies para visitação, enquanto a maioria é solta para a manutenção do meio ambiente ao redor do Borboletário e equilíbrio da flora e fauna de Campos do Jordão.

Mas antes dos visitantes, entrarem no viveiro para conhecer e passear entre as espécies, assistirão a um vídeo que apresenta as fases de metamorfose, a importância da borboleta para a natureza e qual é o papel do Borboletário e as orientações para a visita a seguir.

As visitações devem ser feitas das 11h às 15h, em dias ensolarados, já que as borboletas só voam com a presença do sol, que é fonte para a sua força motriz, o que permite as espécies baterem suas asas. As visitas devem ser acompanhadas por monitores que apresentarão as variadas fases de metamorfose das borboletas desde o ovo até o imago, ou seja, borboleta adulta.